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12 de agosto de 2014

O CÉU DE SAN PEDRO DE ATACAMA

O que me levou até o deserto de Atacama não foi a minha própria escolha, devo reconhecer que lugares muito áridos não chamam muito a minha atenção, talvez seja porque venho de um lugar seco e com pouca vegetação, e é por isso que San Pedro não estava na minha lista de top ten de viagens a fazer, convencida pelo marido também amante de viagens -e esportes- não podia perder e não me arrependi. Afinal viagem é viagem.

Chegar até aquele canto do Chile não é tarefa fácil, saímos de São Paulo para fazer conexão em Santiago e pegar o voo com destino a Calama, a cidade mais próxima de San Pedro. Durante o voo a imponente Cordilheira acompanha vigiante o trajeto que aos poucos vai ficando árido e inóspito. Uma vez em Calama a sensação é de uma cidade um pouco triste, explorada pelos interesses das grandes mineradoras que arrasam com os povoados levando tudo e deixando poluição e abandono em troca. Do aeroporto precisamos pegar um táxi até o terminal de ônibus, onde finalmente pegamos o transporte que depois de uma hora e 30 nos deixaria em San Pedro. 


Durante a nossa visita a cidadezinha de San Pedro parecia revolucionada, uma invasão de brasileiros chegaria nesses dias para participar de uma maratona num dos desertos mais áridos do mundo. Embora naquela região a atividade econômica principal seja a mineração, em San Pedro é o turismo, visitantes do mundo inteiro chegam até lá para ver o espetáculo que funciona todas as noites e que me fez mudar de ideia em relação ao local: o céu. É simplesmente imperdível. 

Na rua principal muitas agencias oferecem diferentes passeios noturnos para estudar as estrelas, escolhemos um nos arredores da cidade onde um astrônomo francês, Alain, que mora no local há anos tem uma especie de mini observatório astronômico no seu quintal. O passeio é realmente uma aula de astronomia, com humor e muito conhecimento Alain vai, aos poucos, deixando os visitantes hipnotizados com suas estórias e descobertas enquanto sinaliza com um laser cada ponto da galáxia. No fim do passeio sua esposa serve aos visitantes um chocolate quente ou um chá para acalmar o frio. Em alta temporada é preciso fazer a reserva com uns dias de antecedência.


O francês Alain não é o único que passou pelas distantes terras do deserto e quis ficar, como ele muitos outros se apaixonaram pelo místico local e se aventuraram abrindo uma pousada, um restaurante ou uma agência de turismo. O Museo del Meteorito é outro exemplo disso, o casal de La Serena, cidade do litoral que fica a 1.200 km ao sul de San Pedro, abriu este valioso museu que é nada mais e nada menos que a coleção privada de mais de 3 mil peças de meteoritos de Rodrigo, o proprietário. Depois de anos de estudo e coleta no deserto eles escolheram se estabelecer em San Pedro e é ele mesmo quem guia os visitantes com muita paciência e com paixão tenta semear nos turistas a curiosidade pelo desconhecido da galáxia. 


Sem dúvida o céu é a resposta a porque visitar San Pedro, mas não é o único motivo. Dependendo do bolso e do tempo do visitante existe uma variedade de passeios que só é possível realizar no altiplano. Em meio dia e sem ir muito longe da cidade dá para visitar as lagoas altiplanas e flutuar nelas pelo alto conteúdo de sal, o Salar que faz você não conseguir imaginar a imensidão do Salar de Uyuni na Bolívia, os Geyseres del Tatio, um show da natureza a mais de 4 mil metros de altitude, não apto para quem sofre na altura. Além no centrinho da cidade, o Museu Arqueológico Le Paige, conta a história da humanidade focando especialmente na América do Sul e nos primeiros habitantes do Altiplano. Para os mais aventureiros a região tem alguns vulcões, é possível fazer um trekking guiado como por exemplo no Volcán Lascar, o cume fica a 5600 metros, mas chegar até ele vai depender da natureza, depois de anos sem atividade ele voltou a expelir enxofre o que pode impossibilitar a chegada ao cume.  

 

Cuidados e dicas:
- Ir preparado com agasalho de alta montanha, se vestir tipo "cebola" é a melhor opção. Verão e inverno a temperatura durante o dia pode alcançar os 25 graus, mas a noite sempre esfria chegando ao negativo no inverno.
- O nariz, olhos e pele ficam secos demais, é importante levar creme hidratante como também colírio e protetor solar. E claro beber muita água.
- Para o passeio aos Geyseres del Tatio tem que levar o agasalho certo. O passeio começa às 5 da manhã e é em altitude. Ficam valendo as clássicas dicas para a altitude como beber muita água, se proteger do sol e comer menos para evitar enjoos e dor de cabeça.    

9 de mayo de 2014

¿POR QUÉ ES IMPORTANTE VIAJAR?


Planear un viaje con tiempo, investigar sobre el destino, buscar consejos de quién ya fue a determinado lugar... todo eso es importante. Con internet se vuelve una tarea rápida, demasiada información disponible, tanta que a veces parece que uno ya conoce el lugar antes de llegar. Claro que informarse está muy bien, pero sin exagerar con tantos aplicativos o con limitarse a comer en el restaurante que fulanito me recomendó, etc... Lo importante del viaje es viajar: trasladarse de un lugar a otro, generalmente distante, y mucho mejor si es desconocido. Entonces, tiene que haber espacio para las novedades, salir del recorrido básico y cenar en el restaurante que queda al lado del que todo el mundo va, hacer un paseo diferente, conversar con los locales y lo más importante: ver con tus propios ojos y no por la pantalla en el Discovery channel...

Por qué viajar es importante:

- porque la experiencia de viajar te da más felicidad que las adquisiciones materiales.
- porque es 100% nocivo para todo tipo de prejuicios, mientras más viajas más conoces, menos prejuicios tenes. Los prejuicios nacen en lo desconocido, creamos falsas imagenes de algo que no conocemos.
- porque no hay nada mejor que probar nuevas comidas, el paladar de los viajeros tampoco tiene prejuicios.
- porque conocer otra cultura te ayuda a ser una persona más humilde.
- porque cuando conoces otra cultura, valoras más la tuya.
- porque no hay nada mejor para salir de la rutina.
- porque cuando volves los problemas de la rutina parecen chiquititos. 
- porque el viajar te hace afinar los sentidos, ver cosas insólitas, sentir otros olores, saborear nuevas comidas.
- porque viajar te ayuda a airear las ideas o reciclarlas o inventar otras...
- porque viajar es una forma de conocerse a si mismo.
- porque te vas dando cuenta que no necesitas cargar con tantas cosas en tu equipaje.
- porque el mundo es muy grande para pasarse toda la vida en el mismo lugar.


Esa es mi lista de motivos. También le pregunté a amigos viajeros porqué viajar es necesario para ellos y las respuestas que más se repitieron fueron: para conocer otras culturas, otras formas de pensar, para aprender, para desviar la mente de la rutina y una respuesta que me gustó mucho fue: "para probar mi propia libertad".



9 de abril de 2014

CAPE TOWN EM 5 DIAS

A Cidade do Cabo é desse tipo de cidades que antes de você ir embora, já esta pensando em quando dá para voltar. Tem muita coisa para visitar, fazer, comer e mesmo ficando 15 dias daria para fazer cada dia algo diferente. É a mistura perfeita de cidade e natureza, tem para todos os gostos e bolsos. 

Vou resumir em 5 dias o que eu achei mais legal:

Vista desde Table Mountain
Dia 1 ~ City Sightseeing Cape Town: Sabe aqueles ônibus vermelhos que passeiam turistas em quase todas as cidades do mundo? Eu sempre achei a maior besteira subir num ônibus desses para conhecer de cima o que daria para fazer pé. Na verdade continuo achando, é bem mais legal fazer as coisas a pé, mas... aprendizado desta viagem: depende da cidade. A Cidade do Cabo é muito espalhada e tem pontos que vale a pena visitar, mas estão muito longe um do outro e o percurso deste ônibus chega em lugares bem afastados, como é o caso do Table Mountain. Então, o ônibus vermelho é ótimo para ter uma visão geral da cidade, visualizar aonde fica cada bairro e chegar ao Table Mountain. Tem duas opções de trajeto: Red City Tour, com 18 pontos de parada, entre eles Table Mountain, e Blue Mini Peninsula com 14 pontos de parada.
A dica é pegar logo cedo o ônibus Red City Tour e fazer a primeira descida no Table Mountain que é simplesmente imperdível! Não é bom deixar para os últimos dias a visita porque o Cableway que leva até o topo da montanha fecha por mal tempo, é melhor ir em dias de céu aberto. É sempre bom comprar os ingressos antes, pelo site, para evitar filas. Table Mountain foi declarada uma das 7 novas maravilhas naturais do mundo. 
Na volta para a cidade o ônibus passa pelas praias de Camps Bay, Clifton e Sea Point, todas com uma orla muito bonita para caminhar, cheia de turistas e é ponto de badalação dos jovens da cidade, vale a pena descer do ônibus para comer alguma coisa em algum dos excelentes restaurantes.

Dia 2 ~ Wine Tour: Para quem se interessa por vinho tem 3 regiões principais próximas a Cidade do Cabo pra visitar: Paarl, Stellenbosch e Franschoek. É possível visitar uma vinícola em cada região, tudo no mesmo dia. Não recomendo fazer passeios com mais de 4 vinícolas no roteiro, 3 é um bom número. 
A diferença dos tours em vinícolas da Argentina é que aqui não tem muita explicação sobre a história da vinícola, nem do processo de elaboração, vão direito ao ponto, mais no estilo Napa Valley onde o importante é vender, fazendo a visita mais curta com foco na degustação e venda. Além das vinícolas é bem gostoso parar nas cidadezinhas de Stellenbosch e de Franschoek, muito pitorescas e bem cuidadas. 

Vinhedos em Paarl.

Dia 3 ~ Visita ao Museu de Robben Island para conhecer mais sobre os anos em que Mandela permaneceu preso. É necessário reservar pelo menos 4 horas para este passeio e no retorno da ilha, a poucos passos do ponto de chegada do ferry se encontra o Waterfront ótimo para comer algo ou ver o pôr do sol tomando um vinho nos bares ao ar livre. O Waterfront é mais que um shopping, é o ponto de encontro mais cosmopolita da cidade, com uma área ao ar livre e outra fechada. 

Dia 4 ~ O centro da cidade merece uma visita também, na Green Market Square, pode se encontrar artesanato de toda África, não só da África do Sul, tem representantes de todos os países, embora muito deles morando na ilegalidade. O país tem a economia mais estável do continente por isso muitos imigrantes vão a procura de uma vida melhor. Tem que pechinchar! 
Também no centro esta o Cape Town´s City Hall, foi da sacada deste prédio municipal que Mandela deu seu primeiro discurso em liberdade em 1990. E o museu de District Six, vizinho ao centro, dá para fazer tudo a pé. Neste museu é traçada a história do bairro e o despejo dos moradores para outras áreas distantes da cidade para assim declarar o bairro uma região de brancos na época do apartheid. É possível fazer a visita acompanhado de um ex-morador o que faz a experiência muito enriquecedora. 

Dia 5 ~ Por último, visitar a península, é bom reservar um dia inteiro para este passeio, dá para fazer em meio dia mas fica um pouco cansativo. É possível alugar um carro para chegar, contratar um táxi por um preço fechado ou fazer através de uma agência de turismo. Antes de chegar ao Cabo da Boa Esperança vale a pena fazer uma parada numa colônia de pinguins, o local faz parte do Parque Nacional Table Mountain, a variedade é o pinguim africano que só se encontra aqui e está em perigo de extinção. 

Cabo da Boa Esperança.

A Cidade do Cabo não é o lugar certo para fazer safáris, existem reservas privadas onde é simulado um safári, mas não vale a pena, tem muitas outras coisas legais para fazer na cidade e nos arredores. Tem também uma grande variedade de mercados de rua, é possível alugar bikes, fazer trilhas, esportes aquáticos e tem também ótimos restaurantes! Em 2014 a cidade foi declarada Capital Mundial do Design, existe então uma agenda super completa nessa área. Cidade co Cabo não tem mais nem menos problemas que as cidades brasileiras, é um ótimo destino de férias com uma combinação de cultura, história e natureza.  

22 de marzo de 2014

SELVA DE CEMENTO CON GRAFFITI

El graffiti ha sido una de las formas de comunicación más adoptadas por los habitantes de la periferia de las grandes ciudades del mundo entero. Esta expresión artística no siempre fue considerada como tal, por el contrario era una actividad ilegal y una característica clave en el espiritu del grafitero era además de la audacia, la perseverancia. En São Paulo no fue diferente y hasta hoy hay cientos de artistas de la periferia encuentran en el graffiti su forma de expresar con actitud la realidad de su entorno. Tiene un lenguaje simbólico que recién en los últimos años ha empezado a ser valorado a pesar de que llegó por estos lados a fines de la década del 70.



Imaginate una ciudad gigante, tan grande que parece que nunca la terminas de conocer y que te sorprende en cada calle nueva por la que pasas. Esta ciudad podría estar llena de verde, el riego es grátis, viene del cielo en forma de llúvia casi todos los días, pero la ciudad no es verde, hay poquísimos árboles. En el horizonte solo ves edificios y más edificios. El color que predomina en la ciudad es el gris, un montón de muros desperdiciados, simplemente sin color, sin vida. Pero, cada tanto nos encontramos con una invasión de color en alguna pared que te dan ganas de parate a analizarla, a contemplarla como una obra de arte. Una pared graffitada en el médio de la selva gris de cemento te hace reflexionar, te quiere transmitir un mensaje con su idioma particular. Esa pared graffitada llena de vida ese pedazo del barrio. Ese mural en la Radial Leste-Oeste y en los viadutos y puentes le ponen onda a la ciudad gris que es São Paulo.

Es una de las reglas encubiertas del juego, en cualquier momento la obra del grafitero puede ser eliminada. Pero, la Prefeitura de São Paulo, fue exagerada. Decidió que la ciudad no era lo suficientemente gris y en 2008 lanzó su política de "limpieza urbana", por la cual los muros de la ciudad serían pintados de... gris. El objetivo era reducir la contaminación visual, pero tuvo un efecto colateral, la desaparición de las obras de muchos artistas, por citar algunos de los más importantes: Osgemeos, Nina, Nunca... Fue una especie de vandalismo practicado por la misma Prefeitura.

El documental Cidade Cinza relata bien el dilema del graffiti como arte, de la delgada línea que existe entre la pichação y el graffiti y de la guerra casi diária contra los que quieren eliminar los rastros del graffiti. Tal vez estos grafiteros están siendo más respetados últimamente, son reconocidos en el exterior, pero no se cansan de repetir que todo lo que saben lo aprendieron en las calles de São Paulo.

Foto de la izquierda fuente: facebook de Osgemeos
He podido ver como São Paulo ha ido mutando. Algo ha cambiado, para mejor, el graffiti está siendo más respetado. Incluso extrajeros vienen a hacer "intercambio" para aprender de graffiti!
Nuevas intervenciones han aparecido en la ciudad, no sé por cuanto tiempo van a estar allí, porque de eso se trata, es una intervención urbana que puede ser modificada o sustituída por otra. Hoy tenemos partes de São Paulo que parecen ser un museo a cielo abierto y hay murales de artistas reconocidos mundialmente. Esperemos que no haya un retroceso y el colorido de los graffitis siga alegrando las calles de São Paulo.


2 de marzo de 2014

SAMPA EN PRIMERA PERSONA

Edifício Altino Arantes 

Para ser sincera ponerme a escribir sobre São Paulo es fácil y difícil. Fácil, porque hay una infinidad de cosas para contar de la ciudad, tantas cosas para ver, conocer, comer, contemplar y también fácil porque es una ciudad que con el tiempo aprendí a querer y me enseñó muchas cosas. Difícil, porque sobre Sampa hay que escribir de una forma especial para que los lectores puedan captar las bellezas escondidas en la selva de cemento y entenderlas como de quien vienen. Sus bellezas pueden estar muy escondidas, hay que saber leer las entrelíneas de la ciudad, porque la verdad es que la primera impresión que todos se llevan no siempre es la mejor y con un par de días aquí mucha gente se va desilusionada, pero es porque no saben entender la ciudad. Es necesario conocer un poco lo que pasó en 460 años de historia para poder darle una chance. Desde sus origenes, inmigrantes de todo el mundo y migrantes de todas las regiones de Brasil llegan a São Paulo generando un crecimiento caótico y desorganizado.


Hay un par de cosas que es importante tener en cuenta (especialmente a la hora de preparar la valija) aquí podemos pasar por las cuatro estaciones en un día, en invierno hay que vestirse como cebolla: a la mañana temprano pueden hacer unos 14 grados y a la hora del almuerzo el termometro pasa los 20, son pocos los días del año en que no vas a estar de manga corta. El paráguas es un accesorio fundamental del atuendo durante todo el año, por algo es conocida como A cidade da garoa. Y en verano, con las fuertes tormentas que llegan a inundar la ciudad es recomendable planear las actividades antes de las 16hs, después de ese horario se corre el riesgo de quedar atascado en la inundación. 
Y lo más importante, el tránsito, no importa cuantos kilómetros hay entre un punto y otro, aquí medimos la distancia en horas de tránsito y últimamente se hace difícil circular incluso fuera de la hora pico. Entonces la mejor opción, siempre que sea posible, es usar el metrô. Siempre que sea posible porque, para el tamaño de la ciudad, los kilómetros de metrô no son suficiente. El metrô de SP tiene 70,6 kms. para 18 millones de habitantes mientras que el de Londres tiene 400 kms. para sus 15 millones de habitantes del área metropolitana. Si lo compararamos al de otras ciudades latinoamericanas el metro de México DF tiene 226 kms.

São Paulo en números es increíble y eso a los brasileros les encanta! Aman usar los números para mostrar como la ciudad es imponente, aquí van algunos: 
20 mil bares, 15 mil restaurantes, 146 bibliotecas, 164 teatros, 9 estadios de fútbol, 53 shoppings, 4.839.921 autos, pero se quedan cortos en áreas verdes con solo 95 parques y espacios verdes.

Edifício Copan

São Paulo es el verdadero melting pot (es más no sé porque la sociedad norteamericana es conocida como melting pot cuando en realidad vive cada uno en su cuadrado sin mezclarse) aquí no hay grupo de amigos donde no haya descendientes de portugueses, libaneses, italianos, indios, judios, españoles y japoneses, y también los nuevos que van llegando coreanos, bolivianos y chinos que todavía no están tan mezclados y siguen moviendose en grupos cerrados, pero eso es cuestión de tiempo...

(Fuente de los números en SP: Infográficos Estadão)

26 de febrero de 2014

IMAGINA NA COPA!

Pois é...esta chegando a hora, e agora? Quando em outubro de 2007 o senhor Blatter da Fifa ratificou o Brasil como sede da Copa de 2014, até os mais pessimistas ficaram felizes. O conformismo nos levou a acreditar que pelo menos tendo a Copa no Brasil a infraestrutura do país melhoraria, algo que nossos governantes deveriam fazer pelo simples fato de serem nossos representantes e porque pagamos impostos seria finalmente feito! A Fifa estaria controlando e os olhos do mundo estariam no Brasil! Tanto faz quem ganhe a Copa o importante era que o "desenvolvimento" nos alcançaria e aeroportos seriam modernizados, estradas melhoradas para comunicar cidades, a nossa cidade ficaria mais verde e limpa para receber os turistas e o mais ambicioso dos desejos: a violência diminuiria. Que inocentes somos né? Eternos crentes do "tudo vai dar certo", "vamos dar um jeito"...
De 2007 pra cá, não mudou muita coisa, até inventamos um jargão! Imagina na Copa! Ou seja tudo que não estava legal podia piora na Copa... Foi um processo, o tempo ia passando, tentávamos nos auto-convencer de que chegada a hora tudo estaria pronto, mas a hora esta chegando e tudo esta superficialmente pronto. Os aeroportos não respondem a demanda dos próprios brasileiros para os próximos anos, menos ainda dos visitantes. Posso falar do aeroporto que eu mais uso, o maior do país: Guarulhos, continua sendo o mesmo lixo. Ah não! Abriram um par de lojinhas novas num puxadinho chamado de terminal 3 que já não suporta a demanda atual, só que... para você chegar de um canto a outro do aeroporto tem que andar e muito, nada de esteira rolante. Nada de metrô ou trem para chegar ao aeroporto, só de carro mesmo e não chegue em cima da hora no aeroporto! Você pode perder seu voo enquanto tenta estacionar o carro, uma missão quase impossível.
Não vou entrar em detalhe dos números da violência em São Paulo porque é um assunto que me deixa irritada demais e ultimamente estou optando por fazer de conta que isso não existe ou que isso não vai acontecer comigo. Simplesmente os índices de violência pioraram.

Fonte: DUM Ilustrador.

Esqueça de toda aquela infraestrutura que você esperava para o país, vamos pontualmente ao que interessa a Fifa: os estádios, nem isso esta pronto. Num país com dimensões continentais a Fifa pediu 8 cidades sede, o Lula quis 12: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasilia, Cuiabá, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Manaus.
Para que um estadio adequado ao nível Fifa em Manaus? Será que os governantes não sabem que daquele lado do país as cidades estão incomunicadas? Que não tem um hospital decente? Que as crianças não estão indo para a escola? Que nesse momento as estradas estão interditadas porque esta tudo alagado? E como vão controlar a exploração sexual infantil no Nordeste?
Não é pelo Brasil ser o país do futebol que construir estádios nesses lugares faz sentido, passada a Copa esses estádios virarão elefantes brancos, mudarão a paisagem e a arquitetura das pobres cidades sem planejamento e ficarão como uma lembrança da corrupção. E outra, será que esses estádios estão preparados para durar ao menos 40 anos?

Quem ainda acha que a Copa é para os brasileiros não se engane, se você foi daqueles que conseguiu um ingresso agora se prepare para acampar numa praça porque a diária em um hostel em quarto compartilhado de 10 camas em Cuiabá para o dia 21 de junho, jogo Nigéria-Bósnia e Herzegovina (jogaço né?) custa 500 reais. Sim, você leu direito: Hostel/Cuiabá/jogo Nigéria-Bósnia e Herzegovina/quarto compartilhado com mais 10/beliches/uma diária/500 reais. Nem fiz a pesquisa para o Rio de Janeiro.

Faltam 105 dias para a abertura da Copa. Até o senhor Blatter esta ficando preocupado.



24 de febrero de 2014

BAIE DE TAMARIN (MAURICIO)


Tuvimos que cancelar el paseo dos días consecutivos por diversos motivos, entre ellos un día fue por mal tiempo... si está lloviendo o con cara de llúvia el tour no sale porque seguramente los defines no aparecen y el mar puede estar demasiado agitado. Nos pasaron a buscar antes de las 7 de la mañana para llegar, después de media hora en auto, a la Baie de Tamarin donde tomamos una lancha que nos llevaría hasta alto mar para ver los defines en estado natural. Fue casi una hora en lancha hasta llegar al punto donde los defines estaban ese día, el local donde normalmente las lanchas paran para esperar los defines es fuera de lo que sería la bahia formada por corales, entonces fuera de este área el mar es más agitado y hay que ir preparado para el sube y baja de la marea, o sea, no hay que desayunar! Caso contrario la espera puede volverse insoportable para el estómago. 
Cuando empiezan a dejarse ver en grupos de por lo menos 10 la sensación es difícil de explicar, es naturaleza pura! El conductor de la lancha avisa que es hora de largarse al mar, a esa altura ya con antiparras y patas de rana, se pueden ver desde muy cerca, parece que se pueden tocar, pero se escabullen rapidamente. Volvemos a la lancha y la escena se repite varias veces, andamos un poco más buscando otros grupos de delfines y nuevamente el conductor avisa, al água!  


La experiencia es hermosa! Está de más decir que no hay punto de comparación con los tours ofrecidos en la Riviera Maya. Los delfines de Tamarin no están adiestrados ni en cautiverio. 
Algo importante a tener en cuenta, son muchas las agencias que ofrecen este paseo en Mauricio, los precios varian bastante y también es posible combinar Tamarin con Île aux Bénitiers para almorzar en este último lugar, pero es muuuuy importante tomar alguna de las agencias que salen a primera hora, hay algunas que te pasan a buscar después de las 9 de la mañana, para llegar al área de los defines casi a las 10hs, a esa hora ya es tarde...se juntan demasiadas lanchas y espantan a los delfines. Lo recomendable es llegar tipo 8hs.

Regresando hacia Baie de Tamarin paramos en algunas formaciones coralinas, de água super cristalina y con variedad de peces de colores. Llegamos a horario y muertos de hambre para disfrutar el almuerzo y continuar el día en la playa.